quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Não tem como explicar essa paixão, aqui é Corinthians...


   Como explicar essa paixão? Como explicar o inexplicável? Alguns falam que é besteira, outros tratam como exagero, mas o termo mais correto à se usar é "loucura", e pra corinthiano louco não é ofensa, é elogio. 
   Pois bem, vou falar um pouco de mim, me usar como exemplo, me chamo Flávio Costa, filho de Evaldo Costa, neto de Edilson Costa, cearense, nascido aos 31 de março de 1978, e como quase todo nordestino que gostava de futebol na época  meu pai e avô torciam para Corinthians e Flamengo, era como se fosse regra, um do Rio e outro de São Paulo, além de um time do próprio estado.
   Comecei a acompanhar futebol no começo dos anos 80, como se não bastasse a influencia de meu pai que sempre foi muito mais flamenguista, aquela era a era de Zico e cia, não tinha como não torcer pelo Flamengo, campeão brasileiro, campeão do mundo, um time que jogava um futebol de encher os olhos, tudo me levava a ser rubro-negro, foi aí que em 1990, aí eu já tinha 12 anos, um time que nunca havia sido campeão de nada importante além de campeonatos paulistas me chamou atenção, um time de operários comandados pela genialidade de um camisa 10 sempre fora do peso e de um goleiro espetacular, assim eram Neto e Ronaldo Giovanelli, que com Marcio, Ezequiel, Wilson Mano e cia despertaram aquilo que estava escondido dentro de mim, o meu corinthianismo, porque corinthiano nasce corinthiano, eu apenas precisava desse encontro, e aquele garoto louco por futebol (viu, "louco") esquecia ali o espetacular time sensação dos anos 80 para se apaixonar de vez por um time que não ganhava nada, e assim fazia parte de uma fanática torcida, que sofria, que chorava, mas que crescia, como cresce até hoje nas horas de dificuldades. E veio o primeiro brasileiro, sofrido como tinha que ser, e eu estava ali, menino, sonhador, pulando feito um louco (viu, louco), logo no primeiro ano que acompanhava de fato meu time jogar ele já era campeão brasileiro, eu era um privilegiado, mesmo sem saber o que era isso, não havia passado pela fila de 23 anos sem títulos, o eterno Basílio nos libertara dessa prisão um ano antes do meu nascimento, parecia que o Corinthians se preparava pra me receber, e de lá pra cá a paixão só aumentou, na sequencia dos anos 90 um de nossos rivais dominava o cenário brasileiro, mas a paixão só crescia, o tempo passou e vieram as vitórias, copas do Brasil, Brasileiros, e o louco cada vez mais louco, a ponto de marcar o próprio casamento para o dia 1° de Setembro, dia do aniversário do Corinthians.
   Hoje essa paixão e essa fidelidade não só minha mas de toda a torcida corinthiana que não abandonou o clube nem nos piores momentos de sua história é recompensada com um verdadeiro esquadrão de guerreiros comandados por um cara sério e corajoso que largou tudo e veio correndo para entrar definitivamente para a história. Vencemos a Libertadores, de forma invicta, de forma espetacular, de forma inédita, hoje não somos mais ridicularizados, "nunca serão' né? Então toma, temos o melhor time das Américas, e a unica coisa que sobrou para os rivais é chamar corinthiano de bandido, coisa de pequenês. 
   Depois da invasão Corinthiana de 1976 estamos prestes a presenciar o maior deslocamento de massa humana para um evento que não seja guerra. Você pode até dizer que é porque é a primeira vez, mas na primeira vez do seu time aconteceu isso?

   Com isso, a pergunta que fica, que paixão é essa, que torcida é essa?

Vai Corithians, falta pouco, eu acredito.

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